O ex-presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT), Eduardo Moura (PSD), estranhou ter sido alvo de busca e apreensão na operação desta quarta-feira (25) deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate aos Crimes Fazendários e contra Administração Pública (Defaz). “Me causa estranheza ter sido alvo de uma operação um dia após assinar um manifesto que explica as razões pelo motivo de não apoiarmos a reeleição do governador Pedro Taques (PSDB)”, disse Moura ao Gazeta Digital. “Todos nós conhecemos o modo de fazer política do Pedro Taques. Não estranharia se ele estiver por trás disso”, completou.
Eduardo Moura chegou em Cuiabá há pouco e soube pela imprensa que policiais da Defaz estiveram em sua residência logo nas primeiras horas desta quarta-feira (25). “Fiquei sabendo pela minha família. Estava em São Paulo e acabei de chegar em Cuiabá. Vou falar com meu advogado e saber do que se trata essa invesntigação”, explicou.
Moura também diz ter causado estranheza o fato de que as invesrigações tem como origem a delação do ex-governador Silval Barbosa, por conta de um decreto assinado ainda na gestão Silval. “O governo Pedro Taques anulou esse decreto, e, quando assumir em 2016 a Ager, não assinei nenhum decreto. Muito estranho isso”, analizou.
“Nenhum secretário do governo Taques foi investigado em ações oriundas do governo Silval. Eu sou o prineiro. E isso ocorre poucas horas de ter assinado uma carta que elencou o fracasso do governo dele [Taques]. Muito estranho isso”, concluiu.
Eduardo Moura deixou a Ager no dia 2 de abril, após o PSD ter decido entregar todos os cargos e romper com a gestão Taques. A operação investiga um esquema de fraudes em concessões do transporte intermunicipal. São cumpridos mandados de prisão e também de busca e apreensão contra empresas do setor.