A Controladoria-Geral do Estado (CGE) remarcou para o próximo dia 16 (quarta-feira) o depoimento do ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos, o coronel Airton Siqueira, a respeito de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que apura suposto superfaturamento na compra de um avião para o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), em 2014.
O depoimento de Siqueira dependia de autorização do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Mauro Campbell, uma vez que ele é um dos investigados no caso das interceptações telefônicas clandestinas, chamado de “grampolândia”, que tramita no STJ.
O coronel foi preso, na Operação Esdras, em setembro de 2017, e ganhou a liberdade em outubro, porém com proibição de acesso a prédios públicos estaduais. A autorização de Campbell foi comunicada à CGE na sexta-feira (4).
Siqueira será testemunha no PAD porque em 2014 era comandante do Ciopaer e fiscal do contrato de aquisição do avião, cujo valor ficou constatado que estava acima do que tinha sido orçado pelo Governo, após auditoria feita CGE.
De acordo com a investigação da CGE, quando foi adquirido, o avião, modelo bimotor, já tinha oito anos de uso e custou US$ 1,39 milhão, montante que na época, em moeda brasileira, foi de R$ 3,1 milhões. Um modelo novo custaria US$ 1,7 milhão, ou seja, R$ 2,8 milhões.
São investigados os servidores da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), Marco Antônio Lopes e Jonatas Jovino Pulquério, e da Secretaria de Gestão (Seges), Silvia Mara Gonçalves, Natália Pacífico Figueiredo, Kamilla Vilela, Ademir Soares Guimarães Júnior, além do coronel José de Jesus Nunes Cordeiro, ex-secretário-adjunto de Administração do Governo Silval Barbosa.