Há 3 meses do período de campanha eleitoral, o governador Pedro Taques (PSDB) ainda evita falar se disputará ou não a reeleição ao Palácio Paiaguás. “Eu não decidi se vou pra reeleição ainda”, respondeu aos jornalistas durante evento de entrega de equipamentos para o sistema penitenciário.
Acerca de conversas de bastidores que apontam o nome do ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Neri Geller (PP) como possível vice na chapa para governo, Taques alegou que não pode “trabalhar com hipóteses” reforçando a indefinição sobre sua própria candidatura.
Apesar disso, o governador elogiou o progressista. “Neri é um grande representante de Mato Grosso em Brasília, foi ministro, é secretário-executivo, é um nome muito importante que tem ajudado bastante Mato Grosso”, comentou.
O nome de Neri Geller surgiu nos bastidores da política mato-grossense depois que o governador passou a buscar reaproximação com o PP, chegando a convidar o vereador Diego Guimarães para presidir o Instituto Mato-grossense de Terras (Intermat), o que não deu certo porque Diego perderia o mandato ao assumir o cargo de presidente da autarquia estadual.
A aliança com o PP ficou abalada desde o ano passado, quando o presidente do partido, deputado federal Ezequiel Fonseca, passou a demonstrar interesse em uma composição com o senador Wellington Fagundes (PR), pré-candidato ao Executivo pelo grupo de oposição ao tucano.
Mudanças no governo
Por hora, Pedro Taques se prepara para uma nova reforma administrativa em sua gestão, com um estudo em andamento sobre a criação da Secretaria de Administração Penitenciária, o que causaria o desmembramento da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e já conta com sua aprovação. “Eu defendo a Secretaria de Administração Penitenciária, que é um tema que precisa de uma expertise correta”, avalia.
Outra mudança que está sendo tratada é na Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), que passaria a se chamar Secretaria de Desenvolvimento Humano, voltada para atendimento à pessoas em vulnerabilidade social. O governador disse que o assunto está sendo estudado e preferiu não entrar no assunto e nem falar em datas. “Estamos estudando isso, eu não quero dar prazo”.