O Governo do Estado deixou de arrecadar cerca de R$ 31 milhões apenas na última sexta-feira, por conta da greve dos caminhoneiros. A revelação foi feita pelo secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Rogério Gallo, que apontou que o prejuízo é irreversível e que por conta disso, o Governo pode ter problemas com fluxo de caixa.
Os caminhoneiros completaram nesta segunda-feira, uma semana de greve. O principal sintoma vivido pela população foi o desabastecimento nos postos de combustíveis tanto na capital, quanto no interior.
De acordo com Gallo, a economia demorará ainda algum tempo para se recuperar da paralisação. O secretário afirmou que o movimento impactou na arrecadação tributária e citou o exemplo da última sexta-feira. “Tínhamos a previsão de arrecadar R$ 54 milhões e arrecadamos R$ 23 milhões, na última sexta-feira. Entre o que estava projetado e o que foi arrecadado, tivemos uma queda de R$ 30 milhões. Temos que fazer a nossa economia voltar a plena atividade. Isso trará prejuízos não só ao Estado, mas também aos produtores, a sociedade e ao cidadão”, afirmou.
De acordo com o secretário, os impactos serão sentidos principalmente no fluxo de caixa do Governo do Estado, mas que os efeitos da paralisação também influenciarão no médio prazo, tendo em vista que a economia sofreu um abalo com a greve, que resultará num consumo menor nos próximos dias. “Vamos ter um problema de fluxo de caixa. Não só a gente, mas por exemplo, o setor do álcool não está conseguindo mais produzir, ou seja não consegue fornecer e são coisas que não voltam no tempo. O combustível que não foi consumido em um dia, não retorna no dia seguinte. Vamos sentir isso sim, na receita. Não só na receita, mas como na economia como um todo”, completou.
Os salários dos servidores devem ser pagos até o dia 10. O Estado ainda projetava até mesmo antecipar a quitação, mas diante da crise pode rever o calendário. O secretário disse que a arrecadação ainda será monitorada para que os salários sejam quitados em dia.