O ex-governador Silval Barbosa afirmou, durante depoimento à Justiça Federal, que 90% das obras realizadas pelo governador Pedro Taques (PSDB) em seu governo, são oriundas de trabalhos da gestão que comandou. Ele também questionou se o atual chefe do Executivo estadual também será processado por conta de atraso de obras.
Silval responde a um processo por danos morais e coletivos, por conta do atraso na execução das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que tinha previsão de entrega para março de 2014. Ele afirmou que 90% das obras tocadas por Taques atualmente foram lançadas por ele.
“Não quero criticar o Pedro Taques, mas mais de 90% das realizações dele foram fruto de um trabalho incansável de licitação, contratação de projeto e alocar recursos que eu deixei de R$ 4 bilhões de convênio. Se quiser eu trago documento aqui e protocolo”, apontou Silval.
O ex-governador questionou se o atraso nas obras do novo Pronto Socorro de Cuiabá, que tinham promessa de entrega para 2017, também renderão uma ação contra Pedro Taques. “Uma obra visível, que eu prometi entregar para imprensa, mas não cumpri e estou sendo penalizado, acontece até hoje no governo. O Pronto-Socorro de Cuiabá que ele está fazendo. Ele prometeu entregar em outra data, que ficaria pronto. Uma única obra que ele prometeu que iria entregar em determinado prazo e não entrega. Porque não depende dele, depende da construtora, depende de ‘N’ coisas”, colocou Silval.
Silval lembra também a situação do COT da UFMT e chegou a lembrar que mora praticamente em frente ao local. “Moro em frente ao COT, que estava praticamente concluído. A Coréia do Sul chegou a realizar treinamentos no campo. E não foi concluída até hoje. Não conclui. Obra é difícil”, completou.
Além de Silval, o secretário Extraordinário da Copa do Mundo em Mato Grosso (Secopa), Maurício Guimarães, e o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, também respondem a ação proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público Estadual (MPE). (FolhaMax)