O comerciante Mauro Chen Guo Quin, acusado de integrar um esquema de estelionato liderado pelo ex-vereador João Emanuel supostamente praticado por meio do Grupo Soy, em Cuiabá, está foragido da Justiça. Ele atuava como um “falso chinês”, dono de um banco estrangeiro.
Para dar andamento na ação, o juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou no dia 13 de junho o desmembramento do processo.
Ainda segundo Jorge Tadeu, se Mauro Chen persistir sem responder intimação, o Ministério Público deverá manifestar sobre a necessidade de decretação da prisão preventiva e produção antecipada de provas.
No caso, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), ofereceu denúncia, relacionada à operação “Castelo de Areia”, contra oito pessoas, por constituição de organização criminosa e estelionato.
Foram denunciados: o ex-vereador João Emanuel Moreira Lima; o juiz aposentado Irênio Lima Fernandes; os empresários Walter Dias Magalhães Júnior, Shirlei Aparecida Matsouka Arrabal e Marcelo de Melo Costa; o advogado Lázaro Roberto Moreira Lima; o contador Evandro José Goulart; e o comerciante Mauro Chen Guo Quin. O processo tramita na Vara Especializada Contra o Crime Organizado da Capital.
Os autos contra Walter Dias Magalhães e Shirlei Aparecida Matsouka Arrabal foram desmembrados para dar celeridade ao rito.
Consta na denúncia, que os acusados praticaram golpes milionários por intermédio das empresa American Business Corporation Shares Brasil Ltda e Soy Group Holdin America Ltda.
Referidas pessoas jurídicas atuavam, em tese, no ramo de mercado financeiro com a captação de recursos no exterior, cujas taxas de juros teriam, supostamente, valor inferior ao praticado no Brasil, atraindo, assim, o interesse de investidores, agricultores e empresários.