"> Eder garante que irá desconstruir delação de Silval e lembra visitas de ex-chefe de gabinete – CanalMT
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Eder garante que irá desconstruir delação de Silval e lembra visitas de ex-chefe de gabinete

Leonardo Heitor

Em depoimento à Polícia Federa em maio deste ano, o ex-secretário de Estado da Fazenda (Sefaz), Eder de Moraes Dias, afirmou que a colaboração premiada do ex-governador Silval Barbosa e seus familiares foi “forjada”, após eles terem conhecimento do depoimento de vários envolvidos na “Operação Ararath”. Ele também declarou que irá desconstruir as provas apresentadas nas delações.

Eder Moraes considerou que as colaborações premiadas foram forjadas pelos delatores e, para dar o ar de verdade, Silval, seu ex-chefe de gabinete, Silvio Cezar Correa e seus familiares, foram encaixando histórias em situações fora do contexto. “Quanto às informações prestadas por Silvio Correa e Silval Barbosa, no âmbito de suas delações, considera que foram forjadas pelos delatores para atender e dar suporte à cleptocracia instalada por Silval Barbosa, réu confesso, e que só fez a delação após conhecer os depoimentos da maioria dos investigados, portanto, buscando encaixar valores em situações que pudesse dar dubiedade de entendimento”, afirmou Eder, em depoimento à PF.

O ex-secretário revelou também que por algumas vezes recebeu visitas de Sílvio Cezar em sua residência num condominio de luxo. Eder afirmou que o ex-chefe de gabinete ia a mando de Silval e sempre questionava se ele estava bem, se precisava de algo e dizendo que o governador e o Governo estariam sempre à disposição do ex-secretário.

Para Eder, as visitas tinham outro intuito: evitar uma possível colaboração premiada do ex-secretário. “O declarante entende, na verdade, que tais visitas eram para fazer uma espécie de sondagem de possíveis denúncias que poderiam partir do declarante, haja vista o conhecimento que acumulou no período em que fez parte do Governo de Silval”.

Ainda em seu depoimento, Eder aponta algumas incongruências relativas ao acordo de colaboração premiada feito por Silval. O ex-secretário destacou uma retificação feita por Silvio Cezar, segundo ele na tentativa de corrigir erros.

“As declarações feitas estão eivadas de vícios e incongruências insanáveis, com incompatibilidade de datas, valores, origem e destino; que mesmo retificando para tentar dar um ar de verdade, não conseguiu afastar os erros grosseiros e primários da delação, isto é, das declarações prestadas; que o declarante, por meio de sua defesa, informa que apresentará por escrito as divergências verificadas entre os fatos reais e aqueles fantasiosamente alegados pelos Senhores Silvio Correa e Silval Barbosa”, completa.

Eder Moraes é acusado de ser o operador de um esquema de crimes contra o sistema financeiro e de lavagem de dinheiro nas gestões de Blairo Maggi e Silval Barbosa. O grupo é suspeito de desviar cerca de R$ 500 milhões dos cofres do Estado para bancar dívidas de campanha.

Principal alvo da operação Ararath, possui mais de 100 anos de condenação e já foi preso por seis vezes no decorrer das ivnestigações. Atualmente, recorre das penas em liberdade, mas é monitorado por tornozeleira eletrônica.(FolhaMax)


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