Todo partido político busca o topo do poder, seja encabeçando a chapa majoritária ou fazendo parte da mesma. Em ano em que o Estado votará para governador e duas vezes para o Senado, três siglas buscam ter duas cadeiras em seu palanque. O PSDB, com o governador Pedro Taques (PSDB) para reeleição e deputado federal Nilson Leitão (PSDB), que quer disputar o Senado. Já o Democratas tentará eleger Mauro Mendes (DEM) para o Palácio Paiaguás e Jayme Campos para o Senado.
Sem encabeçar o projeto da oposição, o MDB já bateu o pé e quer indicar uma candidatura ao Senado e o vice do senador Wellington Fagundes (PR), pré-candidato ao governo de Mato Grosso.
Para o analista político, professor João Edisom, essa exigência das siglas de oposição aumentou por conta do “fracasso de imagem do governador Pedro Taques”. “Muitos estão achando que qualquer um que disputar contra o governador vai conseguir derrotá-lo”, diz.
Porém, o professor acredita que muitos pré-candidatos ao senado acabarão recuando. “Alguns são dos mesmos setores e outros não têm expressão política ou o partido não tem musculatura. Então vão virar suplentes ou disputar um outro cargo”.
João Edisom também acredita que, das três legendas que buscam ter mais espaço na chapa majoritária, apenas os tucanos conseguirão manter as duas candidaturas. “Nilson leitão vai disputar o Senado porque do lado de lá não tem ninguém. Já o Taques está um pouco isolado”.
Em relação ao MDB, o analista acredita que a imposição de lançar o deputado federal Carlos Bezerra ao Senado seria um indicativo de que Bezerra estaria se aposentando da política. “O José Riva fez isso em 2014, ao tentar disputar o governo. Então o Bezerra, por conta da saúde, pode estar querendo sair de cena em grande estilo. Se ganhar se aposenta no Senado, se perder, saiu lutando”.
O MDB tenta indicar também o ex -prefeito de Sinop, Juarez Costa (MDB) para a vice na chapa de Fagundes. Porém, outros partidos como PP, PSD, PTB e PCdoB também querem indicar candidaturas majoritárias. Já o DEM, que vem empolgado com as últimas pesquisas onde Mauro e Jayme aparecem liderando vários cenários, seria uma “incógnita”.
O analista político lembra que ambos abandonaram a disputa eleitoral nas últimas eleições, mesmo com o quadro favorável para serem eleitos.
Jayme e Mauro vêm tentando consolidar o projeto de disputarem junto o pleito de 2018. Tanto que alguns partidos que estavam dialogando com o PR de Wellington Fagundes já estão sendo cooptados pelo DEM.