O advogado Ulysses Moraes pediu, na quinta-feira (28), que o Ministério Público Estadual (MPE) investigue se há irregularidades na viagem do vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) à Rússia, para assistir o jogo entre Brasil e Sérvia pela Copa do Mundo.
O vereador é acusado de ter protocolado um documento na Câmara Municipal em que justifica que suas faltas em sessão plenária de terça-feira (26) foi devido a uma agenda fora do Estado a “serviço do mandato” e, com isso, evitou que o desconto em seu salário de R$ 15 mil.
“Caso se confirmem os documentos apresentados bem como o fato, observa-se um descaso e desrespeito com a população, vez que o salário e benefícios do vereador são pagos com dinheiro público. Diante dos fatos apresentados, entendendo que ser verdade for, trata-se de um fato grave, requer apuração da Casa para os consequentes descontos e punições legais”, destaca trecho do documento.
Ulysses Moraes também pediu que a Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá investigue a conduta do parlamentar. O documento também foi protocolado no Legislativo na nesta quinta-feira.
Em um vídeo compartilhado no aplicativo WhatsApp, na noite de quarta-feira (27), Renivaldo afirmou que todos os vereadores sabiam que ele viajaria para Rússia para assistir a última rodada de jogos da Copa do Mundo 2018.
“Alô Cuiabá! Estamos aqui na Rússia, pé quente. Do bairro Dom Aquino para a Rússia. Quero aqui esclarecer que todos os vereadores sabiam que estou aqui para torcer com meu recurso. Aqui não tem dinheiro público pagando nada”, argumentou Renivaldo.
O tucano explica que só retorna à Capital na próxima semana.
“E quero dizer que eu amo meu povo. É um cuiabano ao vivo e a cores assistindo a vitória do Brasil por 2 a 0, classificado para as oitavas de finais. Estarei a partir da próxima semana todos os dias no meu gabinete. Viva o Brasil e a Cuiabá dos 300 anos!”, disse o tucano – clique aqui e veja o vídeo.
Na última sessão ordinária realizada na quainta-feira (28), os veradores Mário Nadaf (PV) e Adevair Cabral (PSDB) usaram a trinuna para defender Renivaldo e alegar que ele tem o direito de viajar para onde quiser. Os parlamentares argumentaram que a justificativa de viagem a trabalho foi um mero erro formal.(RepórterMT)