A irresponsabilidade com o dinheiro público tem deixado um rastro de frustração e de sentimentos desmotivadores. “Partilho dessa mesma frustração, e é esse sentimento que me motivou a ser candidato. Sei que posso fazer mais como governador”, argumentou hoje (10) o candidato ao governo, Wellington Fagundes (PR).
O republicano lidera uma ampla frente de oposição à atual gestão na coligação ‘A Força da União’, com dez partidos. “Quantas obras, projetos e ações viabilizei nestes anos e que simplesmente não foram adiante devido à falta de interesse, gerência ou empenho do gestor estadual e municipal? Mais que um gerente, mais que um gestor, o novo governador tem que ter articulação política. O maior erro da atual gestão foi excluir as pessoas” completou.
Uma das linhas de ação defendida pelo republicano tem sido dar voz aos conselhos estaduais e regionais de saúde, educação e segurança, num sinal de que a sociedade organizada pode e deve colaborar e ser ouvida pelo Estado. Atualmente senador da República e deputado federal por seis mandatos, Wellington recebe com tranquilidade a crítica de que não teria perfil executivo para o Governo. “Por essa lógica, Lula não teria sido presidente, pois nunca exerceu mandato no Executivo antes de ganhar as eleições. E realizou dois mantados. Além disso, um político como Jair Bolsonaro, cuja experiência foi toda no parlamento, também não estaria apto a ser candidato à Presidência. Não creio que seja um argumento racional”.
Crítico do governo atual, Wellington lembra que os impactos negativos da inconclusão do VLT em Cuiabá e Várzea Grande não podem ser imputados apenas ao Estado. “O prefeito de Cuiabá à época das obras também tem responsabilidade. O prefeito é a maior autoridade no município, pois tem a responsabilidade de emitir alvará, licenças. Ele permitiu que o Estado fosse rasgando a Capital de forma desordenada, deixando essa cicatriz. Todos devem assumir essa culpa sim, mas não assumem para não deixar o perfil do bom gestor”, observa o republicano.
A maior habilidade de um gestor público, afirma Wellington, é a capacidade de governar de forma eficiente, cumprindo a lei, e entregando os serviços públicos sob sua responsabilidade. “Minha forma de fazer política é diferente. Quero todos que podem somar ao meu lado para podermos executar nosso projeto de desenvolvimento de Mato Grosso, buscando melhorar a vida de todos”.
Candidato pela primeira vez ao Governo, Wellington é empresário em Rondonópolis há 39 anos. Com o processo de sucessão familiar, hoje o grupo empresarial é administrado pelos dois filhos. Médico veterinário por formação, foi presidente da Associação Comercial e Industrial de Rondonópolis (ACIR) e secretário municipal de Planejamento também em Rondonópolis. Wellington vem de uma família de comerciantes e começou a empreender cedo. Depois de formado, abriu um comércio de produtos agrícolas que se tornou bem-sucedido e opera até hoje.