O ex-secretário-adjunto municipal de Saúde, Flávio Taques, fugiu para não ser preso pela Polícia Civil (PJC) na segunda fase da Operação Sangria, na terça-feira (18). Imagens do circuito de monitoramento de seu prédio mostram o momento em que ele sai de carro, acompanhada de uma servidora da prefeitura.
Antes de sair, no entanto, ele queimou documentos em sua churrasqueira, que a polícia encontrou assim que chegou em seu apartamento. Ele está foragido.
A operação Sangria apura fraudes em licitações, organização criminosa e corrupção ativa e passiva. Os crimes teriam sido cometidos através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, como a Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna (Proclin), Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar (Qualycare) e Prox Participações.
Flávio Taques é suspeito de gerenciar as ações do grupo, havendo fortes indícios de destruições de provas. De acordo com informações de um testemunha, o ex-secretário estaria dificultando a apuração do levantamento dos serviços prestados pelos contratualizados, retirando serviços que detém de informações e mandando para um almoxarifado afastado da Secretaria de Saúde.
Ao todo, foram formulados oito mandados de prisão preventiva e 4 de busca e apreensão. Foram alvos de mandado de prisão o ex-secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correia, o médico Fábio Liberali Weissheimer, o empresário Adriano Luiz Sousa, o médico Luciano Correa Ribeiro, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Fábio Taques e Celita Natalina Liberali.
Flávio foi exonerado nesta quarta-feira (19) pelo prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB).