Após a conferência do clima realizada na Polônia, promovida pela ONU, sobre mudanças climáticas foram novamente prognosticados eventos sombrios se nada for feito com relação a redução das emissões dos gases de efeito estufa (GEE).
Disse o secretário geral da ONU: “Já é uma questão de vida ou morte. Estamos na iminência de não haver mais tempo para reverter a situação.”
Segundo o relatório, já estão ocorrendo eventos climáticos cada vez mais extremos e sem precedentes.
Uma novidade deste último relatório foi a introdução das migrações da América Central e México para os EUA, como sendo decorrentes do aquecimento global. Alertam para um provável deslocamento de outras dezenas de milhões de pessoas de áreas tropicais e subtropicais, principalmente da Índia, para regiões mais temperadas.
Chegam a afirmar que nações inteiras, ecossistemas e modos de vida, simplesmente deixarão de existir.
Será mesmo que estas mudanças já estão em curso e que estes prognósticos são verdadeiros?
Para começar, não há nenhum relato de um evento climático extremo acontecido nos últimos 30 anos (desde a criação do painel) que já não tenha ocorrido antes em igual ou pior intensidade ou frequência.
Entre os anos de 850 até 1250 da nossa era, houve um aquecimento do planeta, que permitiu aos vikings colonizar a Groenlândia, hoje coberta de gelo.
Mais recentemente, verificou-se um aquecimento de 1925 até 1946, seguido de um resfriamento de 1947 até 1976, que causou o fim dos cafezais no norte do Paraná. Na sequência, até 1998 ocorreu um novo aumento de temperatura, seguido de estabilidade climática até os dias atuais.
As emissões naturais de CO² do planeta somam aproximadamente 200 bilhões de toneladas. E as antropogênicas, 6 a 7 bilhões. Somente 3 a 3,5% das emissões totais são por causa humana. Será que este pequeno adicional teria o potencial de modificar o clima?
É bem provável que as oscilações do clima possuam causas cósmicas.
RENATO DE PAIVA PEREIRA é empresário e escritor.