Em meio a um clima tenso na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), onde foram votados projetos de autoria do Executivo estadual que tratam sobre o novo Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e o que estabelece regras para a Revisão Geral Anual (RGA), o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado de Mato Grosso (Sisma/MT), Oscarlino Alves, apontou traição do governador Mauro Mendes (DEM), que pediu regime de urgência na tramitação das pautas após ter feito campanha eleitoral pedindo apoio do funcionalismo.
Segundo ele, tais projetos atingem diretamente os direitos dos servidores na forma de “ataques sem precedentes”.
“Não houve diálogo. O governo Mauro Mendes se instalou há 16 dias. Fez uma campanha política conclamando o voto do servidor público e não deu o menor direito, a menor chance da gente dialogar”, disse ao GD.
Oscalino lembrou ainda que, na campanha, Mauro dizia “que iria trabalhar junto pra voltar o nosso pagamento de salário dentro do mês de serviço e cumprir com a RGA”.
A respeito da pauta que condiciona o pagamento da revisão à disponibilidade financeira do Estado, Oscarlino criticou de forma dura. “Estão criando condicionantes praticamente inatingíveis pra poder cumprir com nosso direito constitucional”.
Ele classificou a atual situação como um “duro golpe” por parte do governador e ainda aproveitou para se manifestar contra os deputados estaduais, que em sua maioria apoiam o Executivo.
“Estamos tomando duro golpe hoje, patrocinado pelos 14 deputados derrotados nas urnas. A maioria dos votos pra aprovar na atual legislatura é composta por 14 deputados que não foram aprovados nas urnas, inclusive pelos servidores públicos e pela população. Tem legitimidade pra votar isso aí? Pelo regimento da casa tem, mas pra nós, é considerado imoral”, avaliou.