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Chico Ferreira

Estado passa dificuldade para encontrar novos fornecedores

Thalyta Amaral-GD

A crise em Mato Grosso, que ainda tem R$ 3,9 bilhões em restos a pagar de 2018, tem afetado o fornecimento de produtos para a Saúde e até a locação de viaturas para a segurança pública. Por causa dos constantes atrasos nos pagamentos, o Estado está com dificuldades para conseguir novos fornecedores, segundo o governador Mauro Mendes (DEM).

“Tem fornecedores que registram 8 meses, um ano, de atraso para com as suas obrigações financeiras, que o Estado assumiu. O Estado já começa a ter dificuldades para encontrar alguém que tenha coragem de vender para o próprio Estado”, lamentou o governador.

O “colapso financeiro” para o qual Mato Grosso caminha, segundo Mendes, traz muitas preocupações ao Governo, especialmente pelas famílias que estão envolvidas e que deixam de receber os salários em dia, não só dos servidores, mas também dos fornecedores.

“Aos nossos fornecedores queremos dizer, que mesmo diante das dificuldades de caixa, nós estaremos lidando todos os esforços para regularizar esse pagamento. Eles também têm que ser vistos com respeito, porque por trás de cada empresa que fornece ao Estado de Mato Grosso, existe um pai de família, um trabalhador, que também depende do salário”, enfatizou Mendes.

Segundo o governador, Mato Grosso vem “mantendo essa performance de mal pagador já há alguns anos, isso acaba comprometendo a credibilidade”, o que faz com que se pague mais caro para contratar serviços e comprar produtos. “Como diz o ditado: Quem paga mal, compra mal”.

Para resolver o problema com os fornecedores, que não serão impactados pelo decreto de calamidade, de acordo com Mendes, o Governo está tomando medidas pra melhorar a questão, por hoje não se tem “condição de honrar todos os compromissos que foram assumidos e que estão escritos em restos a pagar”.

Ele afirma que uma das formas de amenizar o problema é pagar primeiro as contas mais importantes, como as viaturas da segurança pública e as dívidas da saúde. “Estamos, inclusive, autorizando uma negociação fora da ordem cronológica, que é um critério da administração pública, para que nós possamos pagar aqueles mais essenciais no primeiro momento. Mas nós procuraremos honrar, na forma da lei, todos os compromissos da administração”.


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