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Marcos Corrêa/PR

Bolsonaro dá posse a Roberto Campos Neto, novo presidente do Banco Central

G1

O presidente Jair Bolsonaro deu posse nesta quinta-feira (28) ao economista Roberto Campos Neto como presidente do Banco Central. O cargo tem status de ministro.

A assinatura do termo de posse ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto foi fechada à imprensa.

Campos Neto substituirá Ilan Goldfajn, presidente da instituição durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Segundo o BC, a transmissão do cargo será realizada depois do feriado de Carnaval.

Campos Neto teve a indicação para presidir o BC aprova na terça-feira (26) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e pelo plenário da Casa. A indicação foi aprovada em plenário com 55 votos favoráveis, 6 contrários e uma abstenção.

Antes da aprovação, o economista foi sabatinado por senadores. Na oportunidade, ele defendeu a redução do tamanho do Estado brasileiro, a autonomia do Banco Central e avaliou que o sistema bancário do país não é mais “concentrado” do que em outras economias desenvolvidas.

O Banco Central tem, entre suas atribuições, a responsabilidade de fiscalizar e autorizar o funcionamento de instituições financeiras; estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras; e vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais.

Outra atribuição do BC é cuidar da política cambial, por meio de intervenções no mercado.

Perfil

Próximo ao ministro da Economia, Paulo Guedes, Roberto Campos Neto foi indicado para a presidência do Banco Central em novembro do ano passado, após a vitória de Bolsonaro na eleição presidencial.

Campos Neto participou da posse de Bolsonaro e das reuniões com ministros do conselho de governo, realizadas no Planalto, porém ainda aguardava ter o nome aprovado pelo Senado.

O novo presidente do BC é neto do economista Roberto Campos, expoente do pensamento liberal no Brasil e ministro no governo Castelo Branco, o primeiro dos cinco presidentes da ditadura militar.

O economista trabalhou no Banco Bozano Simonsen de 1996 a 1999, onde ocupou os cargos de Operador de Derivativos de Juros e Câmbio (1996), Operador de Dívida Externa (1997), Operador da área de Bolsa de Valores (1998) e Executivo da Área de Renda Fixa Internacional (1999).

De 2000 a 2003, Campos Neto, segundo o perfil que consta no site do Santander, trabalhou como Chefe da área de Renda Fixa Internacional no Santander Brasil.

Em 2004, ocupou a posição de Gerente de Carteiras na Claritas. Ingressou no Santander Brasil em 2005 como Operador e em 2006 foi Chefe do Setor de Trading. Em 2010, passou a ser responsável pela área de Proprietária de Tesouraria e Formador de Mercado Regional & Internacional.


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