O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou, nesta terça-feira 3, um alerta em toda a fronteira com a Colômbia e ordenou a realização de exercícios militares nessas regiões, em vista de uma suposta intenção do país vizinho de criar um conflito.
“Todas as unidades militares da fronteira devem estar em alerta laranja diante da ameaça de agressão da Colômbia contra a Venezuela e realizar (…) de 10 de setembro até 28 de setembro exercícios militares”, disse Maduro em um ato político na capital Caracas.
“Estes exercícios serão feitos para pôr em um mesmo tom todo o sistema de armas, todo o aparato operacional e a atividade militar necessária para que a Venezuela preserve sua segurança e a sua tranquilidade”, acrescentou o presidente do país vizinho.
Além disso, Maduro lamentou o rearmamento de um grupo de dissidentes das Farc, pois, ressaltou, a Venezuela sempre quis a pacificação do conflito que ocorre há mais de meio século no território colombiano.
Em sua opinião, o governo colombiano, presidido por Iván Duque não quer a paz e por isso pediu à Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) para estar atenta nas fronteiras.
“Sabemos que há uma manobra para tentar escalar um conjunto de falsos positivos. O Governo da Colômbia agora pretende um falso positivo para agredir a Venezuela e começar um conflito militar contra o nosso país”, denunciou.
Por esse motivo, o líder chavista anunciou que reforçará um conjunto de medidas, entre as quais mencionou acionar a força militar.
O que fora número dois das Farc, conhecido como ‘Iván Márquez’, cujo paradeiro é desconhecido há mais de um ano, reapareceu na última quinta-feira em um vídeo junto com outros ex-líderes da guerrilha para anunciar que iniciam uma nova etapa da luta armada.
Duque respondeu garantindo que o regresso às armas não representa o surgimento de uma nova guerrilha, mas de um grupo narcoterrorista apoiado por Maduro, a quem se refere como “ditador”.
O chefe de governo da Colômbia afirmou que conversou com o líder do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como presidente legítimo da Venezuela, e pediu apoio para capturar o grupo.