O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que não compareceu ao desfile cívico-militar, em comemoração à Independência do Brasil no sábado (7), para não constranger o governador Mauro Mendes (DEM). Os chefes do Executivo Municipal e Estadual vêm trocando alfinetadas por meio da imprensa nas últimas semanas.
Após a declaração de Mendes de que o prefeito “trabalha pouco e mente bastante”, Emanuel rebateu dizendo que se sente hostilizado pelo democrata e que o comportamento dele não representa uma relação institucional.
“Eu não vou ficar medindo palavras e vou ser franco. O governador tem me hostilizado terrivelmente em público. Por algumas vezes tem faltado com o respeito comigo, como prefeito da Capital. Se não me quer do lado dele, pra que vou constrangê-lo?”, disse durante a entrega do programa Hora Estendida, na terça-feira (10).
Ele afirma ainda que não entende o motivo da desavença entre os dois e relembra quando foram aliados políticos no passado. “Gostaria de saber. Bem diferente de quando fui coordenador de campanha dele. Sempre nos demos muito bem. Eu até conversei com Paulo Araújo para descobrir porque, mas também não quero fazer disso um tópico”.
Apesar das alfinetadas públicas, o emedebista se diz compromissado em estreitar uma boa relação com o governador, ao estilo “Emanuel Paz e Amor”. Ele afirma que a sua preocupação é com Cuiabá. “Eu só quero isso, uma relação institucional de alto nível. Só penso em Cuiabá, só penso na população cuiabana, em honrar meus compromissos e fazer minhas entregas”, disse, citando a entrega do programa.
“Se o governador agir dessa forma, nessa relação institucional, de alto nível, como eu já disse em outras declarações, não precisa tomar cerveja, não precisa bater foto junto, basta que cada um cumpra a sua parte com Cuiabá. Deixa que eu tome cerveja com Paulo Araújo e com Silvio Fávero, porque eles gostam de tomar comigo”, enfatizou.