O Governo de Mato Grosso vai ajudar as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande a definir novas medidas restritivas, de forma a frear a contaminação do coronavírus e reduzir o colapso na rede de saúde pública da Baixada Cuiabana.
A reunião para decidir as providências a serem adotadas vai ocorrer na próxima segunda-feira (22.06), às 10h, na Prefeitura de Várzea Grande. O encontro foi definido durante audiência no Fórum do município, que contou com a participação dos secretários Mauro Carvalho (Casa Civil), Gilberto Figueiredo (Saúde) e Alberto Machado (Gabinete de Governo); do procurador-geral do Estado, Francisco Lopes; e dos prefeitos de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e Várzea Grande, Lucimar Campos.
O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, explicou que o Estado possui papel orientativo em relação às medidas restritivas, uma vez que já em abril o Poder Judiciário concedeu autonomia aos prefeitos para a tomada das providências que achassem mais adequadas.
Desta forma, o Governo de Mato Grosso criou um sistema de classificação de risco, que analisa a ocupação de leitos de UTIs e o avanço da contaminação nos municípios, recomendando de forma objetiva as medidas mais prudentes a serem adotadas de acordo com o grau de risco de cada cidade. No caso de Cuiabá e Várzea Grande, o risco está classificado como “muito alto”.
“Viemos contribuir para que a região metropolitana tenha um único decreto, as mesmas medidas de restrição, de horários de funcionamento das atividades, do transporte coletivo, etc, que falem a mesma língua”, afirmou.
Carvalho também ressaltou que, a partir de segunda-feira, todos os órgãos públicos do Governo do Estado localizados em cidades de graus de risco muito altos terão o atendimento presencial suspenso.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, é importante que haja uma regra única para as medidas de restrição em relação aos municípios de Cuiabá e Várzea Grande.
“O Governo mantém as orientações que estão no decreto que instituiu a classificação de risco. Agora cabe aos prefeitos fazerem essa análise e entrarem em um consenso”, pontuou.
A prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos, ponderou que além das medidas restritivas, também é preciso que a população tenha mais consciência para que a situação não se agrave.
“Não adianta o Poder Público tomar as providências se a população continuar nas ruas, andando todos juntos, aglomerados e não tomando as devidas precauções”, declarou.