O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) preferiu silenciar a respeito do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó que recomendou no relatório final seu afastamento do cargo por 180 dias e a cassação de seu mandato por suspeita de receber propina enquanto exerceu o mandato de deputado estadual. Emanuel alega que não cabe a ele interferir nos trabalhos do Legislativo, uma vez que trata-se de um poder independente.
Presidente da CPI, o vereador Toninho de Souza foi o único a votar pelo arquivamento das investigações, alegando que o prefeito não poderia ser investigado por fato estranho ao exercício do mandato.
O seu posicionamento, entretanto, não agradou ao vereador Sargento Joelson (SD), membro da CPI, que apresentou um parecer paralelo sugerindo o afastamento de Pinheiro da Prefeitura por 120 dias e ainda a abertura de uma Comissão Processante para apurar crimes políticos-administrativos cometidos pelo chefe do Executivo Municipal.
O vereador Marcelo Bussiki (DEM), presidente da Comissão, acompanhou na integra o voto de Joelson, e ainda sugeriu a inclusão do crime de improbidade administrativa no relatório. Para o democrata, Pinheiro assinou a culpa ao não apresentar defesa no âmbito da CPI. “Quem cala consente”, disse.
Diante disso, será formulado um decreto legislativo com o desfecho dos trabalhos da CPI, o qual será encaminhado à presidência do Parlamento Municipal, que deverá remeter ao crivo do plenário.