"> Mauro chama Emanuel de mentiroso e diz que Cuiabá não entregou UTIs – CanalMT

Mauro chama Emanuel de mentiroso e diz que Cuiabá não entregou UTIs

Da Redação

O governador Mauro Mendes (DEM) disse, nesta segunda-feira (13), que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), mente quando diz que a prefeitura entregou mais de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) que o Estado. A declaração ocorreu em resposta ao prefeito que, ao anunciar 20 novos leitos de UTIs, exclusivos para tratamento da Covid, disse que a prefeitura de Cuiabá tem quase 50% dos leitos existentes em todo Estado.

 “O Estado entregou leitos novos, enquanto que a prefeitura apenas transformou os leitos que já existiam em unidades para Covid-19)”, afirmou Mauro, destacando que apenas os 20 leitos entregues nesta segunda são novos.
 A afirmação do governador foi feito durante entrevista para o Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, enquanto que a declaração de Emanuel foi feita durante uma ‘live’ na manhã de hoje. Na ocasião, o prefeito também teria dito que os municípios do interior estão sem apoio do Estado, o que acaba sobrecarregando a capital.

Quanto a isso, Mauro Mendes disse que tem buscado a parceria para abertura de UTIs no interior, entretanto, esbarram em várias dificuldades. Mesmo assim, 29 unidades foram entregues na última sexta-feira, outras hoje e, nas próximas semanas, os municípios do interior, devem, sim, ser beneficiados com UTIs.

 “Além disso, os municípios têm gestão plena e recebem recursos para aplicarem na abertura de leitos de UTI”, destacou o governador.

ESTIMATIVA

Mauro Mendes negou que, em março, o Comitê de Enfrentamento ao novo coronavírus tenha feito uma previsão de apenas 4 mil infectados em todo o Estado, muito abaixo do registrado hoje, que é de mais de 28 mil casos. “Nós nunca afirmamos isso, até porque, é uma doença nova, o mundo todo está tentando lidar com ela. A todo momento, os cientistas e pesquisadores estão divulgando uma informação nova e muitas previsões não se concretizam. Mas, posso garantir que não fizemos essa previsão”

O gestor estadual reconheceu que o número de casos aumentou porque as atividades econômicas vinham sendo desenvolvidas normalmente e, com mais pessoas circulando, o vírus se espalha com maior rapidez. “Por isso, o número de contaminados cresceu tanto, como está crescendo em Mato Grosso do Sul, Goiás, onde a contaminação chegou um pouco mais atrasada”, comentou.

HOSPITAL DE CAMPANHA

Mauro Mendes destacou que não há viabilidade para hospitais de campanha em Mato Grosso. Segundo ele, não se trata apenas de criar leitos, é preciso ter profissionais disponíveis, equipamentos e medicamentos. “Em Várzea Grande há leitos de UTI que poderiam ser usados, mas faltam médicos, faltam medicamentos e não há como colocar um paciente sem um aparato para atendê-lo. E esses equipamentos e medicamentos estão em falta em todo país”, apontou.

Ele afirmou ainda que o Estado está criando na  Arena Pantanal um centro de triagem, diagnóstico e distribuição de medicamentos. “O Estado está fazendo tudo que é possível”, afirmou ele.

FALTA DE PROFISSIONAIS 

O Conselho Regional de Medicina contestou a fala do governador quando diz que faltam profissionais para atuar durante a pandemia. Segundo a presidente do CRM, Hildenete Monteiro Fortes, muitos profissionais têm desistido de atuar no combate ao coronavírus porque não estariam recebendo.

Quanto a essa afirmação, ele fez um desafio – pediu que o Conselho apresente uma lista de médicos intensivistas dispostos a trabalhar 12 horas. “Pode levar para mim que eu contrato”, falou.

Com relação à falta de estrutura no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência também denunciada pelo CRM, Mauro declarou que não faltam equipamentos, que o Estado está abastecido e que há muitos materiais no almoxarifado. “Se está faltando, é por incompetência de alguém, de algum servidor porque o Estado tem equipamentos. As pessoas têm que parar que ficar espalhando notícia falsa. Não tem justificativa alguém que estar reclamando do Estado. Se tiver faltando, vamos ter que apurar” concluiu.


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