"> Filho de Emanuel Pinheiro questiona Mauro Mendes sobre promessa de 1,1 mil UTIs em MT – CanalMT
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Filho de Emanuel Pinheiro questiona Mauro Mendes sobre promessa de 1,1 mil UTIs em MT

Da Redação

Na briga que vem travando contra o governador Mauro Mendes (DEM) desde 2019 por divergências políticas e agora se volta para a pandemia de covid-19 e a falta de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), ganhou um reforço do próprio filho, o deputado federal Emanuelzinho (PTB). O parlamentar questionou, durante entrevista, onde estão os mil leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) exclusivos para tratar pacientes com Covid-19 que teriam sido prometidos por Mendes. “Não que devemos responsabilizá-lo totalmente, mas como a maior autoridade do nosso Estado disse que haveria em Mato Grosso mil UTIs. Você pode pegar na imprensa, nos sites está lá que haveria mil leitos de UTIs”, argumentou Emanuelzinho durante entrevista ao Programa Opinião, exibido pela TV Pantanal.

 A entrevista foi exibida na segunda-feira (13), mesmo dia em que Emanuel Pinheiro anunciou a “criação” de 20 novos leitos de UTIs exclusivos para pacientes infectados pelo novo coronavírus em Cuiabá, mas poucas horas depois foi “desmentido” por Mauro Mendes.  O anúncio do prefeito ocorreu na parte da manhã durante uma live transmitida em suas redes sociais.

Depois, no Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, o governador disse que Pinheiro mente quando anuncia estar criando novos leitos de UTIs. “O Estado entregou leitos novos, enquanto que a prefeitura apenas transformou os leitos que já existiam em unidades para Covid-19)”, afirmou Mauro, destacando que apenas os 20 leitos entregues nesta segunda são novos.

Por sua vez, o deputado Emanuelzinho argumentou que sua crítica é “respeitosa” e feita de forma propositiva “buscando o bem de Mato Grosso” sem querer criar picuinha política. “Se não me engano, até agora foram 200 ou algo nesse sentido. Então, se tivéssemos hospitais regionais todos equipados, nós não teríamos essa sobrecarga em Cuiabá. Não quero culpar o interior também, mas fazendo uma análise fática, hoje Cuiabá tem 25% dos casos de cuiabanos contaminados por covid, os outros 75% são de pacientes do interior, ai não tem município que aguente”, observou o parlamentar.

 Emanuelzinho então foi questionado se pela suposta fala do governador, existe uma defasagem de 800 leitos de UTIs. “Ele pode ter se equivocado na fala e no planejamento, mas agora se planejar mil UTIs e nós que estamos envolvidos dentro da gestão pública sabemos o que significa abrir mil leitos de UTI, não é do dia pra noite devido”, emendou.

O deputado federal também reclamou que os Hospitais Regionais, responsáveis por atenderm demandas de vários municípios em diferentes microrregiões do Estado, estão sem estrutura para dar conta da demanda de pacientes infectados pelo coronavírus. “Hoje os hospitais regionais estão com dificuldades, Sorriso, Água Boa, Colíder, Barra do Bugres, que precisam de uma estruturação para que possam dar o atendimento pleno a esses pacientes que estão hoje internados com covid”, disse o deputado.

Por fim, Emanuelzinho sustentou que Mauro Mendes enquanto autoridade maior, como a grande liderança, em termos de esfera governamental, seria ele o responsável por coordenadar esse trabalho dentro do estado de Mato Grosso. “É a minha opinião, não quer dizer que eu esteja correto, mas é a maneira como eu faço a leitura hoje”, ressaltou.

FALA DE MENDES

Durante uma live no dia 16 de abril transmitida no Instagram da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT), o governador Mauro Mendes anunciou que o Estado estava se organizando para divulgar uma planilha com levantamento de todos os leitos exclusivos para atender pessoas com covid-19 ou com suspeitas da doença em Mato Grosso.

Ele explicou que, conforme o mapeamento elaborado com informações repassadas pelas Prefeituras, eram cerca de mil leitos exclusivos na soma entre clínicos (enfermaria) e UTIs para tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Ou seja, os mil leitos citados por Mendes não eram somente de UTIs como disse o deputado Emanuelzinho na entrevista.


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