"> Fávaro detona projetos populistas e alfineta “adversário” – CanalMT
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Fávaro detona projetos populistas e alfineta “adversário”

Da Redação

“Não estou no Senado para fazer graça com a população, para tomar medidas populistas. O projeto é inconstitucional, é populismo aprovar um negócio que hoje já morreu, já acabou”. A declaração é do senador interino, Carlos Fávaro (PSD), ao rebater críticas recebidas por ter sido o único dos três senadores de Mato Grosso a votar contra o Projeto de Lei nº 1.166/2020, que reduz juros do cartão de crédito e do cheque especial. Pelo texto, ficou estabelecido teto de 30% ao ano no período de emergência sanitária em função da pandemia da Covid-19.

Em entrevista neste sábado (8), Fávaro observou que foram 14 votos contra, sendo ele o único representante de Mato Grosso a se posicionar  contrário ao projeto do senador Alvaro Dias (Podemos-PR) que teve um substitutivo apresentado pelo correligionário Lasier Martins (Podemos-RS). O PL foi aprovado pelo Plenário do Senado na última quinta-feira (6) por 56 votos a favor, 14 contrários e uma abstenção.

Fávaro reconhece que a iniciativa do Podemos é também um pleito defendido por vários senadores e entende ser legítima a reivindicação para reduzir as taxas de juros. Contudo, afirma que precisa ser de uma forma que não fira a Constituição Federal, pois lá na frente é derrubado. “O projeto é inconstitucional, é populismo aprovar um negócio hoje que já morreu. A Câmara dos Deputados nem acatou o projeto. Ele acabou só durou um dia porque é inconstitucional.  A forma como foi feito não existe”, disparou o social-democrata.

Carlos Fávaro argumenta que seu voto contrário ao projeto ganha destaque porque Mato Grosso terá uma eleição suplementar no 15 de novembro, a qual vai disputar para tentar se efetivar na cadeira que ocupa interinamente. “Meus adversários veem a capacidade que temos de estar interagindo, trabalhando, nos dedicando no Senado e trazendo resultado. Querem ficar procurando alguns motivos pra ficar denegrindo na imprensa, usando a politicagem pra denegrir: olha votou contra o povo. Que isso gente, o projeto é inconstitucional”, rebate Fávaro.

Como possível solução para o tema, ele observa que o correto é criar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para melhorar o sistema, baixar a taxas de juros e oferecer crédito ao cidadão. “Eu serei o primeiro a votar e trabalhar”, garante.

O senador interino garante que sua história a favor do empreendedorismo mostra que ele está do lado da população e defende juros baixos e oferta de crédito para alavancar a economia.  “Nestes 100 dias de mandato foram várias matérias que coloquei emendas. Trabalhamos, por exemplo o Pronampe, que é uma linha de crédito com fundo de aval do governo federal para atender micro e pequenas empresas com juros de 3,75% ao ano, carência, prazo para pagar. Apoio à agricultura familiar com juro de 3,75%, prorrogação das dívidas. Até para os profissionais liberais criamos uma linha de crédito com limite de R$ 100 mil, juros de 3,75% ao ano, carência e prazo para pagar. Eu seria o último dos brasileiros a querer juros caros”, argumenta.

CUTUCADA EM LEITÃO

Carlos Fávaro aproveitou a entrevista para alfinetar o tucano Nilson Leitão, ex-deputado federal, também derrotado na disputa ao Senado em 2018, e que agora briga pela cadeira no Senado após a cassação da antiga dona, a juíza Selma Arruda (Podemos), por crimes de caixa 2 e abuso de poder econômico.

Sem citar nome, mas numa referência clara ao tucano, Fávaro lembrou que nas eleições de 2018 um parlamentar que teve dois mandatos de deputado federal, era candidato em Mato Grosso e estava propondo a redução no número de senadores e deputados federais.  Fávaro disse que achava ótimo, só não sabia o que o então candidato pensava sobre o tema,  porque foi duas vezes deputado federal e nunca fez nada para reduzir o número de representantes no Congresso.

“Então, Chega o momento de eleições as pessoas começam usar a politicagem para ludibriar o eleitor. Eu serei sempre verdadeiro, sempre a favor da população, mas sem populismo e sem buscar enganar a população com matérias sendo votadas no Senado que não vão dar resultado prático, mas fica dando discurso pra população. Vou sempre falar a verdade, trabalhar e me dedicar para melhorar a vida das pessoas, mas com verdade”, garantiu Fávaro.

 


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