"> Boca de urna das eleições em Israel aponta vantagem de Netanyahu, que precisa contar com alianças para ficar no poder – CanalMT
Foto: Jack Guez/Emmanuel Dunand/AFP

Boca de urna das eleições em Israel aponta vantagem de Netanyahu, que precisa contar com alianças para ficar no poder

Pesquisas de boca de urna apontam que não há um vencedor claro nas eleições gerais de Israel, organizadas nesta terça-feira (23). No entanto, as projeções indicam que Benjamin Netanyahu terá mais chances de formar alianças para chegar à maioria necessária de 61 parlamentares no Knesset — nome do Parlamento israelense.

Isso porque, segundo o site Haaretz, os números apontam que Netanyahu teria apoio de partidos suficiente para chegar perto da maioria parlamentar. Faltaria apenas a sigla direitista Yamina — que continua reticente — aderir à coalisão do atual premiê. Se isso ocorrer, tudo indica que Israel manterá o primeiro-ministro no cargo.

De acordo com a média das pesquisas publicadas pelas três principais emissoras de TV israelense, divulgada pelo site Haaretz, o cenário é o seguinte:

  • Likud, partido do atual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, deve ficar com 32 das 120 cadeiras do Knesset. Como ele tem apoio garantido de siglas nacionalistas, ortodoxas e inclusive de lideranças árabes, ele tem mais chances de chegar a uma coalizão majoritária.
  • Yesh Atid, de Yair Lapid — um dos maiores opositores de Netanyahu —, deve chegar a 17 assentos no Parlamento. Por isso, teria de conseguir uma ampla coalizão entre opositores do atual governo e contar inclusive com apoio de grupos mais à direita.
  • O partido direitista Yamina, de Naftali Bennett, tem tudo para ser o fiel da balança na definição do novo governo: serão 7 assentos que podem, no fim, decidir um desempate.

 

Bennett não se decidiu publicamente se apoiará Netanyahu. Entretanto, durante programa de televisão no domingo, ele garantiu que não apoiará Lapid em uma eventual coalizão centrista para um novo governo israelense.

Assim Lapid tentará viabilizar uma coalizão com os partidos de esquerda, centro e da direita decepcionada com o primeiro-ministro. Em sua campanha, ele adotou um tom moderado, focando em questões de democracia, economia e gestão da pandemia pelo governo.

A boca de urna também sinaliza para uma queda na relevância do partido Azul e Branco, de Benny Gantz. A sigla rivalizou diretamente com o Likud nas três votações anteriores, e o impasse só foi temporariamente resolvido quando os dois concordaram em formar uma coalizão durante a pandemia — aliança quebrada recentemente. Com isso, a agremiação deve ficar com apenas sete cadeiras.

Eleições entre vacinas e processos judiciais

As eleições foram convocadas em dezembro, após o Knesset ser dissolvido automaticamente ao não chegar a um acordo para a aprovação do orçamento do país. É a quarta vez que Israel passa por votação geral desde 2019, diante de um impasse na composição política.

Um ano depois do início da pandemia, Israel parece a caminho de superar a Covid-19 graças a uma campanha de imunização considerada exemplo mundial, que já permitiu administrar as duas doses necessárias em 49% da população.

Mas o último ano também foi marcado pelo início de dois processos contra o primeiro-ministro por corrupção e abuso de poder, o que gerou uma série de protestos mesmo em meio aos três lockdown que o país atravessou. No sábado, por exemplo, milhares de pessoas se reuniram em frente à casa de Netanyahu, em Jerusalém, para pedir sua saída do poder.

Fonte: G1


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