Atualmente os governantes, responsáveis pelo poder executivo estão se expondo e dispondo a debater diariamente sobre tudo do governo, isso é muito bom para a imprensa e para o público, mas desperdiça muita energias e ao promover desvio do foco da administração.
As secretarias de comunicações foram desaparecendo por falta de finalidade, e deixando de ser importante entre os setores do governo, tanto que nas divulgações das realizações do executivo, e até as nomeações dos agentes para exercer essa importante função do governo ficou secundária e mesmo sabendo que essas ações são de fundamentais importâncias, porque é nesse setor que dá brilho, divulga e produz todas as propagandas institucionais.
O que vemos é o governo (Federal, Estadual e Municipal), diariamente sendo sabatinado e colocado à parede, e principalmente por não haver um preparo e delimitação dos assuntos, e com isso, ocorre confronto com os repórteres, criando desavenças com aqueles que têm apenas o compromisso com os seus ouvintes e os seus leitores, e quanto maior a possibilidade de perguntar, faz com que as notícias sejam renovadas, pois esse é o papel da imprensa: informar sempre.
Ser comunicador e saber dominar um debate é uma arte da espontaneidade e saber manter o equilíbrio é para poucos, porque nesses casos de exposições diárias, não se obedece pauta do dia e os momentos são ampliados e os fatos passados e já explicados são requentados, mas vejam que nem os professores que tem o domínio das suas matérias, e que diariamente se dispõe a preparar para dar a aula do dia seguinte e muitas vezes deixam passar perguntas sem respostas.
Mas, a vaidade que leva a criar necessidade de estar todos os dias na mídia, com isso, vemos os governos criando dificuldade de relacionamento com “todo mundo”: confrontos com outros poderes, com os seus comandados e com os veículos de comunicações, pois qualquer palavra mal colocada, transforma em combustíveis para confrontos de ideias e desacertos, levando a perda de foco da real necessidade da gestão e promovendo desgastes emocionais.
Porque as Secretarias de Comunicações ficaram desprezadas, e em muitos casos transformaram em Coordenadorias?
Porque foram impostos limites de ater apenas em envolver apenas as burocracias entre as ações do poder executivo e as agências de propagandas e por isso, seguem sem ação efetiva de “porta voz do governo”, e por ficar sem opinião, estão desaparecendo da essência que é de vender o lado bom do governo e exercer o papel de “para-raios noticiosos” e antecipando contra os possíveis desgastes daquele que deveria focar apenas na execução dos projetos para alimentar a satisfação do povo, mas principalmente para estar desenvolvendo o principal papel da sua gestão que é fiscalizar a si mesmo, e acompanhando e estar ligado a todas as ações do governo e conhecendo os avanços e entreves da administração, e isso, só se promove com a interação e com o choque de realidade das ações passadas e presentes, por isso, habilitando a estar preparado para cobrar de cada um dos auxiliares, e isso só acontece com a promoção de reuniões semanais com todos os secretários, só assim, saberá o que acontece no seu governo e com isso, podendo dar um novo salto de qualidade e buscando a satisfação e bem estar do povo, e assim, responsabilizando-se em cumprir o grande contrato social que fez com o povo, sabendo que está sem seguido dia a dia, e deixando de lado a possibilidade exposição diária desnecessária para a Secretária de Comunicação.
A melhor propaganda governo é lançar e entregar obras, confrontos públicos não leva a nada e não constrói a possibilidade de uma gestão tranquila e focada de futuro promissor para quem acreditou antecipadamente votando num gestor que as vezes era até desconhecido, o maior compromisso do gestor publico é honrar o voto recebido.
Economista Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas. Fale com o Autor: wilsonfua@gmail.com