Além da exposição aberta nesta quinta-feira, em São Paulo, Rita Lee prepara outras novidades, enquanto trata um tumor primário no pulmão. A próxima na fila é a canção inédita “Change”, parceria de Rita com o marido e compositor Roberto de Carvalho e o produtor de música eletrônica Gui Boratto.
“Change” será lançada na segunda-feira, dia 27, e tem letra em inglês e refrão em francês. Segundo João Lee, filho do casal e curador da mostra no MIS, os pais sentiram um “turbilhão criativo” após o projeto de releituras “Classic remix”, capitaneado por ele, que rendeu três álbuns. “Eles escreveram a música em janeiro e ela já tinha uma pegada eletrônica, aí me pediram alguém da área para finalizar. Falei com o Gui Boratto, que é meu amigo, e ele topou na hora, nem quis ouvir a música antes”, revela João.
O filho ainda adiantou um pouco do clima de “Change”. “É uma letra super atual com instrumental que passa por diferentes épocas, tendo uma pegada bem oitentista, meio Depeche Mode, Pet Shop Boys”.
João, que assumiu os projetos dos pais, adiantou ainda que outras coisas já estão em desenvolvimento, como um filme e um documentário, e que “eles estão pensando também numa série”.
Carnaval à vista
Conhecida como Rainha do Rock brasileiro, Rita Lee pode virar samba num futuro muito próximo. Quem adiantou foi o carnavalesco Chico Spinoza, velho parceiro criativo de Rita Lee e cenógrafo da exposição no MIS. “A gente já tinha conversado sobre isso na época da turnê “O circo”, a possibilidade de ter um enredo de carnaval Rita Lee, mas agora ela está topando, está cedendo. Estamos todos interessados em ter em 2023 uma Rita Lee na avenida, no carnaval”, disse.
Com cerca de 30 carnavais no currículo, tendo sido tricampeão em São Paulo com a Vai-Vai e campeão no Rio com a Estácio de Sá (em 1992), Spinoza quer realizar esse sonho antes de descansar. “Faço 70 no ano que vem e a minha intenção é parar um pouco a carreira de carnaval. E com Rita Lee, terminando num grande final com essa grande amiga da vida”, planeja.
O projeto é tão possível que Rita Lee já fez exigências: defensora ferrenha da causa animal, a artista não quer penas, couros nem nenhum material de origem animal no desfile, o que Spinoza já “treinou” implementando na exposição.