Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Divulgação/PJC
Operação Escariotes, da Polícia Civil, cumpre buscas e faz prisões em cidades de Mato Grosso, na manhã desta quinta-feira (12). Entre os presos, está um policial penal que tentava entrar com celulares escondidos em uma caixa de bombom em uma unidade prisional de Várzea Grande.
Ao todo, são 30 ordens judiciais, entre busca e apreensão e prisão, nas cidades de Sorriso, Sinop, Cuiabá e Várzea Grande. O objetivo é desarticular o núcleo de uma organização criminosa envolvida em delitos de tráfico, extorsão, corrupção ativa, passiva e introdução ilegal de telefones nos presídios. Os alvos atuam no bairro São José de Sorriso.
Delegado Bruno França comanda a investigação, que começou após a morte de Jonathan Kelvin Santos Fernandes, 20, em março. Foram identificados 18 faccionados envolvidos no crime e na hierarquia da facção.
O policial penal foi identificado na investigação. Ele levava os celulares a mando da liderança da facção. Ele já era um dos alvos da operação e quando foi preso, as equipes encontraram vários celulares dentro de uma caixa de bombom.
As investigações demonstraram que o servidor não apenas levava telefones celulares para a unidade prisional, como também providenciava o acesso dos presos à internet do local, com a condição de que lhe fosse repassado 10% dos valores adquiridos com os crimes de estelionato, como os ‘golpes do OLX ou ‘golpes do intermediário’.
A taxa paga é conhecida entre os presos como “taxa do roteador”. A Polícia Civil apurou que, inclusive, apenas no período investigado, os celulares introduzidos ilegalmente pelo servidor foram usados para ordenar a morte de duas pessoas em Sorriso.
“Os elementos de prova demonstraram que o servidor se utiliza da sua condição de funcionário público para cometer diversos crimes em defesa dos interesses da organização criminosa investigada”, destacou o delegado Bruno França. (Com assessoria)